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RIO - Há algo de podre no reino das fazendas e cidades dos joguinhos sociais. No mais recente capítulo do que deve virar uma longa batalha judicial, a brasileira Vostu, criadora do MegaCity, entrou com um processo na quarta-feira contra a gigante do setor Zynga (de FarmVille e CityVille). A ação é um contra-ataque, pois a Zynga processara a brasileira em junho alegando que a concorrente copiara seus jogos.
A Vostu, no processo que moveu na Justiça da Califórnia, alega que a Zynga não tem o direito de reclamar direito de propriedade sobre objetos e lugares retratados nos jogos porque eles não pertencem a ninguém. A brasileira também acusa a americana de ter copiado, por sua vez, o design de games de outras empresas, como Playdom e Gamester.
Os advogados da Vostu apresentaram uma série de imagens de jogos de outras companhias anteriores aos da Zynga com a intenção de provar que a incrível semelhança de design se deu porque o mundo retratado virtualmente foi inspirado na vida real. E, sobretudo, que a Zynga é tão "culpada" de plágio quanto a Vostu.
A Vostu também afirma que a Zynga simulou uma intenção de parceria para se aproximar dela no ano passado com o objetivo de conseguir informações sobre o mercado brasileiro.
Em comunicado reproduzido pelo "New York Times", Reggie Davis, conselheiro-geral da Zynga, ratificou as acusações contra a brasileira:
"Uma coisa é inspirar-se nos jogos da Zynga. Outra coisa completamente diferente é copiar todas as características dos nossos principais produtos, nossas estratégias, nossas marcas, nossa missão e até os benefícios dados aos funcionários. Nós saudamos a chegada da Vostu no mercado de jogos sociais, mas a flagrante violação de nosso trabalho criativo não é uma estratégia de negócios aceitável - trata-se da violação da lei."
O que está em jogo é a liderança do crescente mercado que há na América Latina. A Vostu possui 35 milhões de usuários no Brasil, sendo 25 milhões apenas no Orkut. A Zynga, que já é líder no Facebook e está prestes a lançar ações na bolsa, vê a região como uma oportunidade de expansão à medida que a rede social americana cresce por aqui.
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Adeílson: 
